4 de fev. de 2016

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     Você foi minha doce sanidade quando a loucura me açoitava sorrindo.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

25 de out. de 2015

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     Pelos meus olhos empapuçados escorreram palavras que a minha boca não foi capaz de dizer.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

1 de mai. de 2015

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     Ela achava difícil abrir os braços e me apertar forte enquanto eu tremia de medo. Talvez essa fosse uma das minhas futuras responsabilidades; ensiná-la o valor de um forte abraço. As pessoas crescem e aprendem a abraçar mas, entender o seu real valor é uma tarefa muito árdua quando já se é adulto.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

12 de abr. de 2015

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     Nada mais eficaz no combate à sensação de impotência depois do fracasso do que uma boa dose de fingimento.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).
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     Como eu queria saber dizer o quanto eu sinto muito, dizer que me enganei e que sou apenas um errante imaturo e desorganizado.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

8 de mar. de 2015

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     Me matei mil vezes e renasci em todas elas. Fiz os mais altos vôos e acabei sujando meus pés com a mesma lama de sempre. Voei alto com a cabeça baixa. Caminhei voando por dentro. Cometi os erros que jurei nunca cometer e acertei quando jamais pensei ser capaz. Fugi dos moldes e me talhei com maestria. Então não me obrigue a renascer outra vez, eu levaria dois segundos pra isso.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

28 de fev. de 2015

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     Deixei de ser um fantasma quando o escuro vazio do meu peito foi preenchido.

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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

20 de jan. de 2015

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Naquele momento, eu quis que a minha essência fosse mais significativa do que a qualidade das minhas roupas.
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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).

4 de jan. de 2015

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Já era noite e Selma seguiu descalça. Pisando em pedregulhos que lhe ardiam os pés, apoiava-se desajeitada em um galho de árvore que arrancara sabe-se lá como e chorava. Uma leve brisa secava suas insistentes lágrimas. Já sem fôlego, fez uma pausa na caminhada e retirou de um dos bolsos da jaqueta suja e rasgada uma pequena foto do filho Artur; sorridente, de cabelos loiros e de olhos arregalados. Inspirou fervorosamente duas ou três vezes e seguiu.
Selma andou exatos 15 quilômetros e caiu. Nenhum sinal de ajuda, nenhuma casa por perto, nenhuma estrada que passasse por aquela região ou qualquer outra opção de resgate. Seus pés sanguinolentos latejavam no ritmo acelerado do seu coração. Sentiu o medo ir embora mas foi-se também a sua coragem. Largou o apoio de madeira que ainda carregava e ficou ali, olhando o céu com a esperança de que dele descesse uma mão que a guiasse segura pra casa. Desmaiou.
   
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Autor: Thiago Delano, (Fragmentos).