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Passei por ruas escuras e tremi.
Passei por bosques floridos e sorri.
Sem cordas, escalei montanhas.
Subi o Everest sentindo o frio cortar minha pele descoberta.
Olhei o mundo de frente, com ele troquei olhares disfarçados e fui cabisbaixo.
Chorei.
Sorri.
Gritei.
Vivi.
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Autor: Thiago Delano, (fragmentos).
21 de jun. de 2013
16 de jun. de 2013
"Duas ou três doses de Whisky no copo. Nenhum gelo. Me sentei, meio desajeitado, numa velha poltrona empoeirada e tornei-me pedra ao silenciar minha voz. Talvez eu não quisesse ser pedra mas a pedra que vivia em mim, como nunca, queria se mostrar rígida, silenciosa e letárgica."
Autor: Thiago Delano, (fragmentos).
14 de jun. de 2013
13 de jun. de 2013
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Naquele dia eu deixei meu posto por volta das três horas da madrugada, fazia frio e eu estava exausto. O cansaço mental obviamente era maior do que o cansaço físico. Por quilômetros pedalei, cortando a cidade, sob uma chuva fina, pedindo a Deus que me guiasse até em casa. O medo naquele momento era maior que o cansaço. Eu via coisas assustadoras todos os dias naquele caminho.
Não me faltava responsabilidades naquele momento mas a decisão estava tomada e eu não voltaria atrás. No dia seguinte, cheguei alguns minutos antes do meu horário, o suor se mostrava frio e gatos desciam arranhando garganta abaixo. Retirei o sujo avental preto que cheirava a chocolate em pó, caminhei em direção ao maître e, com a voz trêmula e os olhos afundando em lágrimas que resistiam à queda, me despedi. Todos se assustaram, não por eu estar indo embora mas sim porque não havia ninguém que me substituísse. Saí em silêncio e apavorado com o futuro incerto, chorei de medo.
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Autor: Thiago Delano, (fragmentos).
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